Pequim, 18 Mai (Lusa) - As doações para as vítimas do sismo de segunda-feira na província chinesa de Sichuan, que causou até agora quase 29.000 mortos, já ascendem a 1.400 milhões de dólares (cerca de 900 milhões de euros).
As ajudas do exterior excedem 860 milhões de dólares (552 milhões de euros), informou hoje a cadeia de televisão CCTV, enquanto que as doações internas, segundo o Governo, elevam-se a 500 milhões de dólares (321 milhões de euros).
O presidente chinês, Hu Jintao, em nome do Comité Central do Partido Comunista da China (PCCh), do Conselho de Estado e da Comissão Militar Central, agradeceu sábado à noite aos governos estrangeiros e amigos internacionais a sua contribuição para os trabalhos de resgate.
Duas centenas de equipas de socorros do Japão, Rússia, Coreia do Sul e Singapura, os únicos países aceites apesar da disponibilidade de muitos outros, trabalham desde sábado ao lado dos militares chineses nas zonas mais devastadas pelo sismo, numa área de 100 mil quilómetros quadrados.
A televisão nacional tem mostrado imagens das ajudas recebidas, incluindo as de um avião espanhol com sete toneladas de medicamentos que chegou sábado a Chengdu, capital de Sichuan.
A televisão chinesa também anunciou que a Cruz Vermelha dos Estados Unidos vai entregar dez milhões de dólares à China (6.4 milhões de euros), para além do meio milhão de dólares (321 mil euros) já doados por Washington.
A Coreia do Norte anunciou hoje a doação ao governo chinês de 100 mil dólares (64 mil euros), o mesmo que foi entregue pelo Camboja.
A Alemanha anunciou 1.8 milhões de dólares (1.1 milhões euros) para compra de material de primeira necessidade através Cruz Vermelha Alemã, do Comité da Cruz Vermelha Internacional (CICR) e da Cruz Vermelha Chinesa.
O último balanço oficial de vítimas, publicado sábado à tarde e não definitivo, referia o registo de pelo menos 28.881 mortos e 198.347 feridos confirmados na globalidade da região atingida.
Mais de dez mil pessoas permanecem sob escombros e as autoridades chinesas temem que o balanço final venha a exceder 50.000 mortos.
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