segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Reciclagem de consumíveis informáticos



Muitos dos consumíveis e sub-produtos informáticos são uma crescente fonte de poluição e toxicidade ambiental. Existem diversos processos de reciclagem e regeneração destes produtos que é importante conhecer.

Na última década o número de computadores pessoais (PC) vendidos, quer para o mercado doméstico quer para o mercado empresarial, cresceu exponencialmente. Embora não existam dados precisos, em 1995 estimava-se que o nº de unidades vendidas ultrapassava, há muito, o milhão. Tendo em conta que, em média, para um computador existe uma impressora, é fácil avaliar a quantidade de consumíveis que diáriamente são erradamente desperdiçados nos nossos caixotes do lixo. A estes poderemos ainda juntar um nº elevado de tinteiros e cartuchos de faxes de jacto de tinta e toner, assim como cartuchos de toner das fotocopiadoras.



Todos estes materiais possuem elevados riscos ambientais sendo necessário proceder à sua separação dos restantes lixos e à sua incineração para diminuir esta periculosidade. Ora o que vulgarmente se constata é que são colocados nos caixotes do lixo dos nossos escritórios juntamente com o restante lixo! A maior parte dos consumíveis de informática podem ser reciclados e regenerados, nomeadamente as cassestes de fita de nylon, os tinteiros de jacto de tinta e os cartuchos das laser. A reciclagem destes produtos consiste na sua limpeza e no seu reenchimento com tinta ou com toner adequado à sua função, enquanto que a regeneração visa prolongar a sua vida útil, mantendo a qualidade de impressão e passa pelas anteriores fases, além da substituição de peças danificadas ou de maior durabilidade.Por exemplo, no caso dos cartuchos das laser, o recarregamento deve ser efectuado uma única vez devido à elevada taxa de avaria, aconselhando-se a regeneração por ser mais fiável e permitir um melhor desempenho da impressora.



Em média, qualquer destes consumíveis pode ser reciclado/regenerado entre 10 a 50 vezes. Assim, mesmo tendo em conta que um dia terão de ser incinerados devido ao desgaste natural ou alguma avaria, teremos reduzido consideravelmente a quantidade de lixo tóxico, assim como, por exemplo, a quantidade de plástico produzido para a sua fabricação. Além de todas estas vantagens ambientais, o consumidor beneficia de uma outra vantagem que é a redução no preço do consumível, a qual se situa entre 30 a 50 % do valor de um novo.Em Portugal já existem empresas que se dedicam a este tipo de actividade, embora seja ainda diminuta a percentagem de consumíveis reciclados (cerca de 1%), quando comparada com os Estados Unidos (mais de 40%) ou a Alemanha (mais de 20%).Nos Estados Unidos a Comtek disponibiliza um serviço de reciclagem de tinteiros de jacto de tinta, algo inovador. Esta empresa comercializa uns pacotes pré-franquiados que permitem ao consumidor expedir o tinteiro para as suas instalações e tê-lo de volta já reciclado nas próximas 24 horas. Garantem que todos os tinteiros são testados após a reciclagem e caso estejam avariados é devolvido ao consumidor um novo pacote pré-franquiado sem qualquer custo, para uma posterior reciclagem de outro tinteiro.
No nosso país a maior parte das empresas faz a recolha periódica dos consumíveis nas instalações do cliente (quando a quantidade assim o justifica) e a sua devolução após a reciclagem. Este tipo de abordagem do problema não permite o acesso da generalidade do mercado doméstico a este tipo de reaproveitamento, passando a solução pela criação de serviços semelhantes ao da Comtek ou pela aquisição dos consumíveis vazios ,sua reciclagem/regeneração e venda nos mesmos locais de aquisição de consumíveis novos.
Fonte:www.naturlink.pt

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